O Brasil

o adversário da sua política, e, sem um gesto de hesitação, entregou-lhe o poder, expressão da mesma estabilidade que dera à forma republicana. Em resposta, Prudente não voltou o olhar, sequer, para o lado onde estava o homem que tornara possível o governo civil na República; entrou para o governo como para uma casa desabitada, onde, apesar de histórico, fez acolherem-se quantos representantes da reação se apresentaram a combater o florianismo. E foi assim que, como 1838 de Araujo Lima, se recompôs a nata dos tradicionais dirigentes brasileiros sobre a República, que, desde então, foi partilha deles, no critério da monstruosa federação adotada. E Prudente de Morais, primeiro presidente civil, eleito no inteiro alheiamento do antecessor, entendeu eleger o seu sucessor, como este, Campos Sales, elegeu Rodrigues Alves, que só não fez Bernardino Campos, já anunciado, porque São Paulo não é o único estado grande. Contra a pretensão gritaram de dentro da politicagem, dos outros grandes estados, o nos quoque E como Minas ainda é maior do que São Paulo, veio um presidente mineiro. Ainda não estava bem achada a forma da livre escolha dos presidentes da República, e o mineiro entendeu dar à sua Minas, ainda, a sucessão. Agora, é o Exército que profere o nos quoque. E veio a presidência Hermes, cuja sucessão se fez por entre incertezas e politicagens, até que foi possível um novo presidente mineiro. Com este, caiu a República nos trilhos Minas-São Paulo, e já não se conhecem dificuldades de escolha, nem quanto ao nome: simples promoção. E, assim iremos, enquanto a República for o feudo das oligarquias em que se degradou. Parece que, por uma vez se normalizou o regimen republicano, usofruto dos respectivos mandões, na proporção consagrada na federação.