Provavelmente para se dar uns tons de nobreza castelhana. Só conheço um autor que menciona esse apelido: Zinny.
José Gaspar Rodriguez de Francia y Valasco é um dos grandes beneficiários da ilusão histórica. Carlyle, inspirado nos livros dos irmãos Robertson e de Rengger e Longchamp, ensanchou-o num capítulo célebre.
O gênio de Carlyle, inflamado no culto dos heróis, domina e convence. Um conjunto de fatos, aparentemente irrefutáveis, conspirava em favor do déspota. Não proclamara ele a independência da sua pátria? Não adotara a forma republicana? Não difundira a instrução? Quanta ilusão independência, república, paz ... Três mentiras, para ocultar uma só verdade: a tirania. Independência, mas a independência da escravidão: o escravo livre de todos — menos do senhor. República, mas a república da senzala: todos iguais, mas perante o chicote. Paz, mas a paz dos túmulos.
A independência e a república de Francia! Quem não sabe que foram a suprema irrisão?
A revolução francesa disseminara pelo mundo a simpatia pelos seus ideais. Uma vasta logomaquia invadira os espíritos simplistas. Havia palavras exorcistas. Bastava dizer república e fugiam as trevas da ignorância da escravidão, e do obscurantismo.