Diário de uma viagem ao Brasil e de uma estada nesse país durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823

DIÁRIO



Cerca de 6h da tarde de 31 de julho de 1821, após haver saudado Sua Majestade o Rei Jorge IV, que no momento embarcava para Dublin no hiate "Royal George", partimos para a América do Sul, na "Doris", fragata de 24 canhões. Após tocar em Plymouth e visitar novamente todas as maravilhas do molhe e do novo aguadouro, partimos outra vez. Quando estávamos à altura de Ushant, fomos arrastados de novo para Falmouth por um forte pé de vento. Aí ficamos até 11 de agosto quando, com as flâmulas a meia adriça, devido à morte da rainha Carolina(*),Nota do Tradutor deixamos finalmente o canal, e no dia 18, cerca de meio-dia, chegamos à vista de Porto-Santo.

Passamos pelo lado em que fica a cidade fundada por Dom Henrique de Portugal, na primeira descoberta da ilha e muito sentimos que fosse tão tarde para chegarmos mais perto. A terra é alta e rochosa, mas perto da cidade há bastante vegetação e, mais acima na terra, extensas florestas. Produz-se ali bastante quantidade de vinho que, um pouco trabalhado em Funchal,