da sorte das repúblicas espanholas, da ruína e da anarquia federalista ou do despotismo militar, mediante um governo monárquico. Havia, ao mesmo tempo, prometido defender os direitos da coroa e não iludir a confiança que nele depositara seu amigo imperador. José Bonifácio ligou-se ao Partido Conservador, o que o pôs desde logo em oposição ao conselho de regência, que, no começo, não tinha querido reconhecer a legalidade de sua nomeação, mas tinha acabado por confirmá-lo em seu cargo. Logo, no entanto, o conselho de regência quis desembaraçar-se do tutor e o acusou de pedrista. O ministro da justiça Diogo Antonio Feijó acusou-o diante do parlamento, em julho de 1832, de haver favorecido uma sedição facilmente reprimida, que tinha tido lugar no mês de abril deste mesmo ano no Campo de Santa Ana, perto do Rio de Janeiro e cujos instigadores tinham sido um bando de soldados comandados por um oficial alemão. A Câmara dos deputados decidiu, então, sem exame ulterior, depor José Bonifácio, mas, felizmente para ele, o Senado não aprovou esta medida.

Tendo em vista voto da Câmara, o conselho da regência concedeu sua demissão. Com isto tornava-se cada vez mais forte a animosidade entre ele e José Bonifácio. Um decreto de 15 de dezembro de 1833, pôs fim a este estado de coisas, destituindo este último de seu cargo de tutor e proibindo-o de entrar no palácio imperial.

De início, José Bonifácio não quis se submeter a uma ordem tão ilegal, mas teve que ceder à força armada de que o ministério se utilizou. Moveu-se contra ele um processo criminal, em que ele próprio se defendeu. Não obstante a sua absolvição pelo juri, teve que voltar à ilha de Paquetá sem poder se despedir dos príncipes confiados à sua guarda.