Sebastião de Castro e Caldas, ao passear no Recife, levara um tiro de bacamarte, partido de certa casa velha da rua das Águas-Verdes. Talvez de uma casa de muxarabi.
O efeito da destruição das urupernas é que foi surpreendente. Uma espécie de vassourada nos preconceitos, como diz Oliveira Lima. (44) Nota do Autor A impressão era que se tinham deixado as casas em trajes menores - as mucamas passando de um lado para outro, os meninos nus pinoteando nas esteiras, as mulheres de roupão aberto e chinelas sem meias.
A casa da rua do Amparo está menos conservada que a do pátio de São Pedro. (45) Nota do Autor O muxarabi, apoiado em cães de pedra, encosta as vergas superiores no telhado tosco e saliente. O balcão de madeira é formado de almofadões e reixas em xadrez. O prédio fica situado em um terreno ladeiroso e irregular, de modo que o quintal se encontra no mesmo nível do primeiro andar; as dimensões da loja A (andar térreo) mal correspondem às da sala B (planta nº I). Para essa sala do andar superior, a única assoalhada, dá acesso uma escadinha íngreme, composta de catorze degraus (de 0,9 m. de largura, dois apenas de pedra). Os tijolos do corredor (E) e dos quatros (D) estão soltos e assentam diretamente na areia. Mas, no chão da sala de jantar (F), assim como no da cozinha (G), tudo é barro socado e batido. A letra H indica o local da latrina, separada do resto da habitação por uma cerca viva de bananeiras.
O muxarabi do velho pátio de São Pedro é do mesmo estilo do da rua Amparo (46) Nota do Autor (planta nº II). Mede o abalcoado 6,57 m. x 0,81 m. O prédio, entretanto, constitui um exemplar bem conservado das casas burguesas do período colonial (fins do séc. XVII ou princípios