valor dos protestos. Assim, incumbido de reclamar com energia a retirada das tropas ocupantes, se limitou, a 19 de janeiro de 1838, a comunicar a Molé que a paz reinava no Pará, e que desta forma, tinha perdido sua oportunidade a presença das forças estrangeiras a sul do Oiapoque, devendo iniciar-se a troca de vistas sobre a fronteira, logo que tivessem voltado a Caiena as forças francesas.
Molé contentou-se em responder, a 8 de fevereiro, que não achava oportuna, ainda, tal retirada.
Não era mais tolerável tal situação, nem podia Moutinho continuar a comprometer, com sua frouxidão, os interesses do Brasil. A 1° de dezembro de 1837, fora nomeado para o substituir José de Araujo Ribeiro, o futuro senador visconde do Rio Grande, e, em princípios de maio de 1838, já estava em Paris. Logo enfrentou o assunto, e a 24 teve sua primeira conferência com Molé.
Pediu-lhe este, à vista da franqueza da reclamação, uma nota escrita, que lhe foi entregue a 25 de maio. A 31, respondia que estava a França pronta a encetar a negociação, mas que mantinha o posto militar, por estar convencida de estar situado em território francês. Era preciso, continuava o ministro, trazer ao debate espírito de moderação e de entendimento benévolo.
Quase, une fin de non recevoir. Tanto que, renovado, a 5 de junho e por nota de 26 do mesmo mês, o pedido de nova conferência, por parte de Araujo Ribeiro, não obteve resposta, apesar de ficar Molé à frente dos negócios por nove meses ainda.
No efêmero ministério de Lannes, nada se fez. Foi somente no gabinete de Soult, duque da Dalmácia, que, além de presidente do conselho, havia tomado a pasta do exterior, a 12 de maio de 1839, que Araujo Ribeiro reencetou o exame da questão. A 12 de junho, passou uma nota pedindo a evacuação dos postos ocupados, para, depois de feita, começar a discussão dos limites.
O ministério de estrangeiros era contrário, dizendo ao brasileiro o diretor da política, Desages, que parecia estranho