A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

malfeitores da pior espécie e de todos os gêneros. Mas o regente Pedro de Araujo Lima, imbuído da mesma orientação que censurara as contemporizações de Feijó, não cometera no Maranhão o erro, a que no sul já estavam avisados, e nomeara para aí, a concentrar toda a autoridade nas suas mãos como presidente e comandante das armas, distintíssimo oficial, o coronel Luiz Alves de Lima e Silva. Logrou ele, em 1840, dar fim à revolta, recebendo como galardão o título de barão de Caxias, sucessivamente promovido até ao de Duque, após as vitórias do Paraguai em 1870.

Logo em seguida se tornou mais aguda a dissenção entre os elementos díspares que haviam feito a Maioridade. O Ministério vivia paralisado entre tendências contraditórias; a sede principal do dissídio era a conduta da guerra no Rio Grande do Sul, os Andradas, favoráveis a parlamentar com os rebeldes, e, voto único por uma política de energia e de pacificação pelas armas, Aureliano de Sousa Coutinho. Decidiu o jovem soberano seguir esta corrente conservadora, o que implicava a mudança de governo. O conde do Rio Pardo cuja inércia era intolerável ao partido do Rio, favorável a uma política bélica mais ativa contra os rebeldes, foi substituído interinamente pelo general Silva Bittencourt, em maio de 1842, sendo que, dias depois, já em função, em Vacacahy, lhe chega a notícia de sua substituição pelo barão de Caxias. Não cabia a este a série de acusações feitas a seus antecessores. Vinha precedido pela fama dos sucessos que obtivera no Maranhão e, na esfera da política interna, na debelação da revolta federal em São Paulo e Minas Gerais. Antonio Carlos não vacilara em afirmar, quando no governo, seus intuitos de formar um partido forte que apoiasse sua própria orientação liberal. Não escolhia meios para conseguir seu intento. Sob esse influxo, continuou a agir, mesmo quando o ministro maiorista teve de ceder o lugar ao elemento conservador, no segundo gabinete do Segundo Império. Temos sobre esse