espírito, nem desmoralizar-se a seus próprios olhos para explicar as fraquezas e crises da sua constituição social: basta-lhe lembrar que nenhum outro povo soberano passou, nos tempos modernos, por igual conjuntura, e que causas desta natureza não se revelam, em regra, a povos e governos, senão com o flagrante da sua realidade.
Com tais vicissitudes, na posse do seu patrimônio territorial; sem base histórica para as fundações da sociedade; lutando, ao contrário, com os obstáculos que mataram os gérmenes das suas experiências de organização — este país não podia ter iniciado, sequer, a criação de uma economia. A nacionalidade é a vida de um povo, feita pelo calor e pela energia de um espírito, sobre a saúde de uma economia. Nós temos de fundar a economia da nossa pátria, fazendo revelar o espírito das suas raças, sobre a sua natureza tropical.
Para isso, só há um caminho a seguir: traçar a sua política; e para conceber a sua política, é mister formar uma consciência nacional.
A autonomia de um povo nasce em sua consciência: a raiz da personalidade é a mesma, no homem e na sociedade. Ter consciência significa, em seu mais alto grau, possuir, com os poderes de sensação e de percepção, o de formar juízos: juízos