começava a repudiar pelo materialismo que invadia todas as camadas sociais por via do liberalismo individualista que imprime caráter egoísta, parcial, feroz. Liberalismo e nobreza são incompatíveis, pois o liberalismo é a morte da obediência, da hierarquia, da submissão, da ordem; é um princípio de orgulho cuja expressão política é a república. Qui baise son seigneur bien a Dieu relenqui, é aforismo da legítima nobreza. A submissão monárquica, por amor ao fim último e submissão a Deus é um principio altruísta de caridade que só a Nobreza pode compreender. O princípio de obediência é a base da verdadeira liberdade. Os últimos fidalgos por isso acabaram gloriosamente os seus dias nas lâminas da guilhotina. Essa a razão porque são os nobres perseguidos feroz e desumanamente. Aqueles herdeiros dos cruzados imortais, aqueles homens afeitos à guerra, às durezas das longas caminhadas, dos árduos embates; afeitos ao enfrentar da morte, estavam condenados, precisavam desaparecer. Embalde relutavam, resistiam, morriam sem se render. Com eles morria a legítima independência das nações.
Na tapada de sua quinta dos Olivais, na terra dadivosa de Portugal, o Conde dos Arcos, sob o famoso salgueiro chorão, haveria de lembrar-se dos versos que escrevera em sua mocidade, em Elvas, na guerra do Russilhão:
Serás mortal infeliz
para tormentos nascido;
Vagarás cego e perdido
Na turba dos mal fadados.
Envolto em densos cuidados