a zona serrana, que se prolonga numa largura de cerca de quatrocentos quilômetros, até o Peperiguaçu.
A zona do litoral é quente e úmida. Os vales são cobertos de intensa vegetação e as encostas das serranias cobertas de florestas ricas em as mais variadas espécies da flora subtropical. Abundam na região as mais procuradas madeiras de lei e arvores frutíferas das espécies mais exóticas. Os cereais cobrem as glebas extensas trabalhadas pela mão do homem e as flores repontam em toda a parte, colorindo alegremente a paisagem.
São frequentes as grandes chuvas, acompanhadas de trovoadas. Perto do mar, principalmente no recôncavo das baías e nas embocaduras dos rios, devido à obstrução dos riachos e à diminuta altura do terreno, não são raros os terrenos alagadiços cobertos de mangue. As praias se estendem de norte a sul, longas e selvagens. As pontas e as enseadas se sucedem, dando à costa um contorno irregular. Os portos são magníficos, seguros e profundos. Os ventos, principalmente os do quadrante sul, temperam os grandes calores e a proximidade do mar modera os frios intensos.
A zona do planalto é a região dos grandes campos, das extensas pastagens, dos capões densos, dos pinheirais infinitos e dos ervais.
O terreno é ondulado, formando suaves e extensas colinas. O horizonte é longínquo. Os rigores da temperatura são conhecidos. Épocas do ano castiga-a forte calor durante o dia, tornado agradável à noite, e não raros invernos se fazem acompanhar de intensas geadas e nevadas abundantes. Geograficamente diferentes, estas zonas, embora as populações se confundam numa idêntica origem, tiveram um destino histórico, social e econômico também diverso.