O EXÍLIO
Depois desta carta, os mais graves acontecimentos se passaram. Ruy partiu, com efeito, pelo Magdalena, com destino à Bahia. A sua família que estava no Méier, encontrar-se-ia com ele a bordo, no porto do Rio. Na véspera da entrada do paquete Jacobina já havia dado todas as providências para o embarque. Alta noite, porém, alguém bateu à porta da sua casa à rua dos Inválidos. Era Manuel Lopes de Carvalho, da confeitaria Paschoal, que estando no Palácio ouvira uma combinação contra a vida de Ruy que ali se tramava. Um conjurado tomaria o Magdalena no Rio, e agiria ao saltar na Bahia.
À Jacobina cumpria prevenir ao amigo do perigo e convencê-lo de que não poderia continuar a viagem. Compreendendo que talvez fosse impossível a ele, por demais conhecido, chegar até o vapor, mandou antes dele o seu filho Antônio, recém chegado de uma viagem de estudos à Europa. Na madrugada do dia seguinte, após uma série de peripécias aventurosas afim de burlar a vigilância da polícia, conseguiu este alcançar o Magdalena como também o primo Luiz Carlos Barbosa de Oliveira. Ruy concordou em voltar a Buenos