Tratados da terra e gente do Brasil

which had long lived there, publicado por Purchas em 1625, já se encontram muitas das comparações comuns a Cardim e Anchieta; se se conceber que aquela obra é de Fernão Cardim, como por mais de uma vez tenho procurado prová-lo, e que foi escrita em 1584, a primeira hipótese é muito mais verossímil."

Em Notas apostas ao primeiro e terceiro tratados deste volume assinalaram-se por diversas vezes as semelhanças referidas.

Na presente edição da obra de Cardim visou-se tanto possível à uniformidade ortográfica, respeitando-se quanto tolerável a feição antiga dos vocábulos. Uma melhor distribuição dos parágrafos, uma ou outra mudança de pontuação, praticou-se também; mas essa liberdade não autorizou a substituição dos termos antiquados que ela contém, nem tampouco a alteração do torneio quinhentista de seu fraseado.

Com relação à escrita dos nomes tupis, conservou-se qual está nos tratados. A vogal especial da língua vem ali invariavelmente como ig, embora em outros escritos jesuíticos apareça ora como j, com um ponto em cima e outro embaixo, ora como i com trema, ora como y, que é a forma mais geral e ultimamente adotada. Com a Arte de grammatica de Anchieta, advirta-se que, quando esteja ig "in medio dictionis", não se pronuncie muda com líquida, o que vale dizer que se separe o g da sílaba seguinte, como também, se vier no fim, acabe-se a dicção no i.

RODOLFO GARCIA

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