tomado Olinda e Recife, iniciando a luta para domínio absoluto das armas holandesas no Brasil.
O Príncipe João Mauricio, Conde de Nassau, chegou a Pernambuco em 1637, com enorme reforço de guerra. Trouxera seu cortejo de naturalistas, físicos, astrônomos, arquitetos, médicos e prelados, meia dúzia de artistas ilustres da Holanda, de todos se conhecendo e destacando o valiosíssimo trabalho documentário de Franz Post, G. Van Eckhout e Zacharias Wagner.
Diz Garcia Junior que todos deleitaram-se em estudar o Brasil com interesse: é Piso de Leyde, médico e naturalista, é o seu companheiro Marcraff tão ilustre quanto ele, é o matemático e geógrafo Crallitz; é o capelão Francisco Plante poeta e orador; é Pieter Post, arquiteto, autor do plano da construção de Mauritzstadt e da remodelação do Recife; é o seu irmão Franz Post que tem também a lhe correr nas veias sangue de artista, pois é pintor, e ambos descendentes de velho pintor de vidraças de Harlem, João Post; é A. E. Van Eckhout, pintor notável que dizem sob a orientação de Nassau, enche os palácios de Vriburg, e Boa Vista, de telas magníficas, onde os motivos brasileiros andam a toda hora surpreendendo os convivas; é o jovem Zacharias Wagner de Dresden, que seguindo as pegadas de Eckhout e Post pinta índios, frutos e flores do Brasil e vê ainda sobrar-lhe o tempo, para organizar um álbum de costumes de índios, etc. que está hoje na biblioteca de Dresden; é Joannes de Laet que foi como um cronista da Companhia das Índias Ocidentais, afora muitos como Richsoffer, Baers e tantos outros que a despeito das vicissitudes da guerra, tinham ainda tempo para tomar notas e de voltar à Holanda, atirar à curiosidade dos seus conterrâneos notícias dos acontecimentos do Brasil de 1624 a 1655. Tão profícua foi a missão de Nassau que até mesmo entre os militares, não há apenas os que