Institucional

A apresentação na Internet da íntegra de uma biblioteca como a Coleção Brasiliana constitui um desafio que só uma instituição como a Universidade Federal do Rio de Janeiro poderia vencer. Ao assumir este projeto, a primeira Universidade brasileira, reconhecida pelo elevado padrão de ensino e pesquisa, permite disseminar entre a população um precioso acervo de conhecimentos sobre o Brasil e uma das mais fecundas reflexões sobre a nossa terra e a nossa gente.

Com o decisivo apoio da Secretaria de Educação à Distância do Ministério da Educação, da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, da Fundação Carlos Chagas Filho de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - Faperj, e da Fundação Universitária José Bonifácio, e graças à inestimável parceria da Companhia Editora Nacional, foi possível implantar um dos mais significativos empreendimentos digitais da cultura brasileira contemporânea.

O projeto disponibiliza na rede os textos completos dos 415 volumes (437 tomos) que compõem a antológica coleção, publicada originalmente entre os anos de 1931 e 1993. No futuro próximo, outras obras significativas sobre o Brasil, que não figuraram no universo da Brasiliana, serão acrescidas ao conjunto, enriquecendo ainda mais o alcance do trabalho.

No portal Brasiliana Eletrônica, esses livros são oferecidos ao público de dupla forma - como fac-símiles da primeira edição, para serem analisados na feição como vieram à luz, e como textos normalizados e de ortografia atualizada, passíveis de serem editados, selecionados, transcritos e transpostos ("recortados, copiados e colados", no jargão da informática), respeitadas as regras de citação, para estudos, textos, pesquisas e trabalhos escolares e acadêmicos que, felizmente, só fazem crescer no país.

Os livros foram integralmente digitalizados e submetidos a um programa de reconhecimento ótico de caracteres (OCR). Uma minuciosa atualização ortográfica foi então aplicada, o que requereu esforço e dedicação contínuos, dado que boa parte dos textos apareceu na Coleção em período anterior à reforma ortográfica de 1943. O trabalho de normalização foi de igual vulto, já que era um princípio praticamente inexistente à época da publicação original. Preservou-se, contudo, a grafia de antropônimos e intitulativos, para reter o sabor da época, e as principais escolhas de cada autor, quanto a maiúsculas, por exemplo, em respeito às suas inclinações "ideológicas".

O projeto se desdobrará numa segunda fase com a apresentação de estudos críticos sobre as obras da Coleção, bem como biografias intelectuais de seus autores, encomendados aos mais renomados especialistas brasileiros. Uma amostra desse desdobramento já está presente em alguns volumes da Coleção.

O portal vai se constituir, assim, numa poderosa ferramenta de difusão e democratização de conhecimentos sobre o Brasil, fazendo chegar a amplas camadas da população um portentoso volume de informação e reflexão, até aqui restrito às paredes das bibliotecas.

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