e se para as populações do Ceará e de Sergipe há explicação no êxodo, para a do Rio São Francisco baiano a retirada decorre da falta de organização do trabalho.
Não há falta d'água. O clima não é inclemente. Não há latifúndios impedindo a pequena propriedade, nem faltam meios de transportes.
O clima não apavora. Há duas estações perfeitamente regulares: o inverno, que começa pelas trovoadas, em setembro, e o verão que tem início em abril. O tempo começa a esquentar em setembro. Formam-se trovoadas, há dias inteiros de calmaria e chove abundantemente em dezembro, janeiro e fevereiro. Em 1922, estive em pleno sertão sanfranciscano em agosto, setembro, outubro e novembro e tenho uma observação preciosa feita em Barra do Rio Grande, em setembro. O diagrama anexo diz como variou a temperatura em três dias seguidos desse mês. Naturalmente se não houvesse a normalidade climatérica a observação não seria útil: mas não é assim. Subindo o rio, observei, sempre às 6 horas da manhã: em Joazeiro, 22°C; Sobradinho, 21°C; Sento Sé, 21° e 23°C; Remanso, 22°C; Pilão Arcado, 19°C; Chique-chique, 20.5°C; Barra, média de duas