e a estas matas sem água. A justificação desta nomenclatura toponímica não a tem o viajante e sim o morador, que ali fica também nas enchentes, quando esse mar decadente, que é o Pantanal, recobra seu leito. Nos troncos das lixeiras e do paratudo dos cerrados está a marca das águas a mais de um metro do solo. A parte submersa da casca apodrece e depois, quando vem a queimada, carboniza-se.
No Pirizal encontramos uma lagoa totalmente seca e tomamos água de uma cacimba que, naquela manhã de soalheira, quase ao meio-dia, deu-nos a impressão de um oásis, em pleno Pantanal.
Lagoa da Onça. Lagoa da Capivara. Lagoa do Aguaçu. Sucedem-se as denominações da hidrografia, através de campos secos.
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Na mesma chapada que se estende desde a Lagoa da Capivara, fica a Lagoa do Pau Seco. Toda ela é cheia de lagoas e, nas enchentes, fica toda alagada. Os capões e cordilheiras em que se erguem as casas do arraial se transformam em ilhas.