do sangue, a árvore do breu, a árvore do lacre, a árvore da cerveja, que é uma sucupira, a árvore do fumo, que pode suprir o tabaco verdadeiro e a árvore do rapé. Por toda a parte os sumarés ostentavam-se em cima das palmeiras. Contei-lhe que essas parasitas que parece andarem suspensas fornecem o cyrtopodium, o mais maravilhoso específico que se conhece contra o pus e de que fazemos grande exportação para os Estados Unidos. Mostrei-lhe o cipó-imbé, o philodendron imbe, de Martius, que entesa o tronco das árvores em que se enrosca dum cordame em que se alternam palmas eternamente verdes. Kipling já os vira no Largo do Machado.
Só um especialista poderia mostrar-lhe as nossas riquezas vegetais. As nossas árvores são difíceis de identificar. Só de ipê temos vinte variedades, uma das quais é a árvore do rapé, de que falamos. De canela temos quatorze, desde a canela santa à canela sassafrás. De peroba dez. De louro oito. De jacarandá sete, desde o cabiúna ao violeta. De pau Brasil quatro. De vinhático três, o amarelo, o flor de algodão e o testa de boi.
O pau de sangue só serve para lenha; o seu líquido vermelho não tem propriedades tintoriais. Também só para lenha serve a tinguaciba, que queima mesmo verde.
Caminho do Bico do Papagaio encontramos uma "sohnregia excelsa" que só dá flores e sementes