de Bleyer, isto é, definirá o ancestral mongólico completo do chamado aborígene americano".(1) Nota do Autor
Também não é possível aceitar a teoria de Martius, segundo a qual os selvagens brasileiros são restos degradados de uma raça de estágio cultural outrora avançado. A hipótese do botânico bávaro afigura-se-nos um mito das proporções do Eldorado da planura aluviônica, em busca do qual percorria Hortsman as regiões do Tocantins ainda em pleno meado do século XVIII. Outros vestígios de antigas civilizações, perdidas no solo pátrio, não passam, afinal, de cuentos mais ou menos fantásticos. Relação anônima de 1753 fala-nos de uma "cidade abandonada", cheia de pórticos e inscrições, que se presume perdida nas chapadas dos sertões da Bahia. Andou à sua procura, inutilmente, o cônego Benigno José de Carvalho e Cunha (1845); é bem possível, porém, que as maravilhas, de que trata o manuscrito setecentista, relacionem-se com as notícias de outra cidade arqueológica, localizada nas matas do Grungoji, região do baixo rio das Contas. Ignora-se a origem e significação dos alinhamentos de Monte Alto, na vertente do Verde Grande (Minas Gerais). As rochas de quartzita, erodidas, das vizinhanças de Piracuruca (Piauí), a que vulgarmente chamam Sete Cidades, muito semelhantes às formações geológicas de Vila Velha, próximas de Ponta Grossa (Paraná), — já foram elevadas à categoria de "cidades petrificadas". Ficções não menos pitorescas são os supostos hieroglifos da Gávea (Distrito Federal) e a inscrição rupestre, de origem púnica, que se diz existir em uma localidade inidentificável da Paraíba. Alguns autores referem-se, ainda,