Capitania de São Paulo: governo de Rodrigo César de Menezes

era árida; os filhos saudavam os pais, dizendo-lhes: "Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo" e nada mais se animavam a acrescentar, silêncio respeitoso que guardavam também diante dos mais velhos.

As mães de família, as Donas, matronas cheias de virtudes, mas vazias de expansões carinhosas, levavam uma vida recolhida e reconcentrada; e se, por acaso, saíam à rua para irem à igreja, envolviam-se em mantos que lhes escondiam completamente o rosto e faziam-se conduzir em cadeirinhas de tejadilho, tiradas por escravos.

Os casamentos dos filhos eram resolvidos entre os respectivos pais, e os noivos quase sempre se viam pela primeira vez, na igreja, à hora do ato.

A classe dirigente paulista, no princípio do século XVIII, os principais da terra, eram pessoas graves, que já tinham o que perder, desejosos de fidalguia, venerando o rei e acatando os representantes dele.

Essa situação é que haveria de permitir, sem revoltas, as violências de Rodrigo Cesar de Menezes,

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