O padroado e a Igreja brasileira

UMA OBSERVAÇÃO NECESSÁRIA

Já estava este livro no prelo, quando foi promulgada a Carta de 10 de novembro de 1937, que deu por terra com o amontoado de princípios discordantes que era a Constituição de 16 de julho de 1934.

No vigente pacto constitucional as relações entre a Igreja e o Estado foram postas no bom caminho de rigorosa separação, conservando apenas o ensino religioso nas escolas, em termos, aliás, de mais ampla liberdade com relação ao estatuto de 1934.

Assim, quando mantenho as observações tecidas em torno daquele documento, não pretendo mais que registrar nas páginas deste livro o fato histórico que vivemos durante três anos, e ainda anotar a pequena vaidade de ver confirmados os meus receios de inviabilidade daquele pacto monstruoso, que, ou arrastaria o país às sangrentas contendas religiosas, como na Espanha dos nossos dias, ou desapareceria pela força do próprio absurdo...

Nesta hora da nossa vida de povo é interessante notar a evolução política do Brasil, que da rigorosa

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