Hrdlicka acha que as primeiras imigrações não foram anteriores ao neolítico ou ao paleolítico mais moderno da Europa, o que poderá dar-nos, segundo cálculos modernos, uma idade de 15 a 20 mil anos.

Hrdlicka ainda diminui para dez mil a provável data de início do povoamento da América. Mas não é só esse eminente etnólogo e antropólogo que insiste em tornar menos antiga a emigração para a América. Outros estão de acordo com ele como Holmes e Vignaud, que já temos citado algumas vezes. Segundo o último, o atraso dos americanos, seu desconhecimento de tantos inventos úteis, a sua escassa densidade indicam que não podiam dispor de muito tempo para seu progresso e sua formação. É verdade que eles se desagregaram do tronco asiático em época anterior ao desenvolvimento das civilizações que surgiram após. Eles trouxeram uma contribuição insignificante que se ressentiu na própria língua, incompleta, em vias de formação.

Acha Vignaud que os poucos povos da América, que sabiam contar o tempo, dão notícia de data recente da chegada do país que ocupavam, datas que não remontam além dos primeiros séculos antes de nossa era.

Chega ele a afirmar que se pode admitir perfeitamente a ideia de que a povoação da América se deu em época já histórica; supondo ainda que a rama americana se originou dos elementos mais atrasados do tronco mongol e pré-mongol.

O estudo da cronologia para as etapas pré-históricas da América tem uma grande importância.

Essa matéria foi por certo discutida no The International Symposium on early man, reunido em Filadélfia, para celebração do 125º aniversário da "The Academy of Natural Sciences of Philadelphia".