O patronímico brasileiro, ao invés de brasiliense, forma correta, indica o que se ocupava na extração ou trato da madeira, não o que nascera na terra. Esta tradição ainda se conserva no sentido com que se continua a aplicar em Portugal o nome de brasileiros aos portugueses que regressam do Brasil, onde trabalharam e se enriqueceram. Em 1551, quando os primeiros índios se fizeram admirar na Europa, os franceses lhes chamaram com propriedade brisilians, de onde, mais tarde, brésiliens.
Já em meados do século XVI, a palavra Brasil se tomara de uso corrente para designar nossa terra, tendo-se perdido de todo o da expressão primitiva — Santa Cruz. O de Vera Cruz quase morrera ao nascer. Antonio Galvão escrevia em 1563: "No ano de 1500, à entrada de março, partiu Pedralvares com 13 velas, com regimento que se afastasse da Costa d'África para encurtar a via. E, tendo uma nau perdida, em sua busca perdeu a derrota, e indo fora dela toparam sinais de terra, por onde o capitão-mor foi em sua busca tantos dias que os da Armada lhe requereram que deixasse aquela porfia, mas ao outro dia viu a costa do Brasil".
O documento é interessante pela expressão costa do Brasil, a mesma que se lê na carta de marear de Pedro de Medina, de Sevilha, datada de 1552. costa do Brasil e rio de Brasil surgem muito antes da palavra isolada Brasil, como deixando clara