O Brasil na lenda e na cartografia antiga

anteriorante-ilha. Ainda outros o explicam como corruptela do árabe El-Tennin, a Ilha do Dragão. Egerton grafa Antiglia.

As cartas antigas dão-na quase sempre com idêntica configuração, quase retangular. Tem, pois, um tipo cartográfico relativamente fixo que bem a distingue de todas as outras, às quais falece esse requisito. Vemo-la assim na Carta da Biblioteca de Weimar, de 1424; na de Andréa Bianco, de 1436; e ainda no Globo de Martin Behain, de 1492.

Não resta dúvida que a Antilia perpetuava na cartografia medieval e do Renascimento a tradição milenária da Atlântida, cuja história fabulosa os hierofantes egípcios contavam aos visitantes ilustres que indagavam do passado da civilização do vale do Nilo e Platão nos descreveu nos seus diálogos imortais para que sobre o assunto corressem até nossos dias rios e rios de tinta.

As lendas peninsulares diziam que, ao tempo da conquista da Ibéria pelos sarracenos, nela se haviam refugiado seis bispos guiados pelo bispo da cidade do Porto. Daí a apostila do Globo de Martin Behain: "Contam que, no ano de 739 após o nascimento de Cristo, quando toda a Espanha foi conquistada pelos pagãos da África, um arcebispo do Porto (Portugal) e mais seis bispos e outros cristãos, homens e mulheres, fugiram embarcados e foram povoar a ilha da Antilia, denominada Septe Citades". Daí

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