A cidade de S.Paulo (estudos de geografia urbana) V.01

História da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (particularmente os que frequentaram as aulas em 1950, 1951 e 1952), como também de outros muitos sócios da A.G.B., cujos nomes não foram citados, mas que nos auxiliaram na coleta de dados e através de críticas ou sugestões.

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Sobretudo na primeira fase da elaboração do presente trabalho (fase que, necessariamente, teve caráter coletivo), reinou alto e desinteressado espírito de equipe, como jamais havia sido registrado na vida da Seção Regional da A.G.B. e do Departamento de Geografia. Depois de compulsar a bibliografia ao alcance, referente à cidade de São Paulo, empenharam-se os coautores num decidido trabalho de pesquisa, realizando numerosas excursões (em grupos ou isoladamente), fazendo levantamentos de toda espécie e colhendo nas respectivas fontes os dados indispensáveis. Neste particular, sentimo-nos na obrigação de fazer uma especial referência ao levantamento funcional da Área Central da cidade; devidamente autorizados pela direção da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, durante três dias completos, nada menos de 80 alunos do curso de Geografia e História (distribuídos por dez subequipes, cada uma das quais sob a chefia de um professor ou assistente) foram lançados naquela complexa porção da metrópole, a fim de colherem os necessários dados para o estudo de sua vida funcional; e - dentro daquele prazo tão exíguo - todos os edifícios de 105 quarteirões (em que se ergue o maior bloco de arranha-céus da cidade) foram integral e minuciosamente visitados, as cadernetas de campo foram devidamente preenchidas e as correspondentes cartas-preliminares viram-se elaboradas. O a que se assistiu corresponde, sem a menor dúvida, a um exemplo admirável do que pode ser realizado, no sentido de um fim comum, por um grupo bem coordenado de pesquisadores.

Por outro lado e dentro desse mesmo espírito de equipe, realizaram-se numerosas reuniões da Seção Regional da A.G.B., quando não verdadeiras "mesas-redondas" no Departamento de Geografia e nas próprias residências dos chefes das equipes, com o objetivo de debater problemas, discutir as conclusões preliminares ou apresentar o relatório final do respectivo trabalho. Desse modo, a maior parte dos temas passou pelo crivo da crítica coletiva, dentro do mais absoluto rigor, se bem que numa atmosfera sempre cheia de fraterna cordialidade e da mais pura intenção construtiva.

Em conclusão: se melhor não se fez, foi porque melhor não se poderia ter feito, dentro das contingências em que a obra foi elaborada.

A necessidade de sintetizar e de uniformizar o trabalho, de molde a evitar o excesso de matéria ou o desequilíbrio quantitativo entre as contribuições e, mais ainda, a assegurar sua imprescindível unidade, obrigou-nos a condensar a matéria que nos foi entregue. Lamentamos sinceramente tal fato, mas esperamos que os seus autores, noutra

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