áreas de altas colinas, permaneceram estagnados, a despeito de terem nascido com todos os melhoramentos urbanos que se possa pretender (caso dos Jardins Guedala e Leonor).
Na região de além-Pinheiros, pode ser estudado um novo bloco do organismo urbano metropolitano, em plena fase inicial de instalação. Sítios, fazendas e chácaras, de todos os tipos e tamanhos, ocupavam a região, até há bem poucos anos. O Pinheiros constituía um limite rígido para o crescimento da cidade naquele setor. Exceção feita do núcleo modesto do Butantã e do loteamento estagnado de Cidade Jardim, nada mais existia naquela grande área. A cidade subiu o Espigão Central, no limiar do presente século e extravasou pelo Jardim América e Jardim Europa, a partir de 1925, marchando depois, progressivamente, na direção de Santo Amaro, através das suaves colinas da margem direita do Pinheiros, interligando velhos e novos núcleos de bairros. Entretanto, a Metrópole não se animou a transpor as várzeas e o canal do rio Pinheiros, relegando toda a vertente esquerda do vale a um abandono sensível.
Agora, na região, multiplicam-se as áreas de loteamentos de todos os tipos: quer nas altas colinas e outeiros alinhados,
[Ver ilustração no original] Legenda: Altas colinas sedimentares de além-Pinheiro, na região dos Jardins Guedala a Leonor. - No primeiro plano, área de gnaisses decompostos, correspondentes ao sítio atual do Bairro do Instituto de Previdência. O rio Pirajuçara corre entre o cristalino e o terciário, nesta região. (Foto Ab'Sáber, 1950).