Até a década passada, nada se sabia em torno desse feito, no tocante à sua autoria. Quando publiquei a primeira edição do meu O Bandeirismo, vistoriando a documentação paulista, levantei a probabilidade de haverem sido os paulistas chefiados por Jerônimo Pedroso de Barros. Mais tarde, insigne mestre e meu prezado amigo Professor Taunay, comentando a documentação espanhola, obteve a confirmação absoluta de que, na verdade, se tratava de Jerônimo Pedroso de Barros (O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano, de minha autoria, e Taunay, História Geral das Bandeiras Paulistas, vol. II, p. 302). Baseava-me eu, para chegar àquela conclusão, no fato de que, em 1641, Jerônimo Pedroso se encontrava no sertão dos índios Gonaiazes e do Rio Grande (Inventários e Testamentos, vol. XI). Ora, segundo o mapa da época, do padre Nicolau Henard, de 1640, os índios gonaiazes localizavam-se precisamente na região serrana do Rio Grande do Sul. O mesmo afirma Teodoro Sampaio (´Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro`, tomo especial, vol. II, p. 593) sobre os guanás, nome do qual gonaiazes é, evidentemente, uma corruptela(111) Nota do Autor. A esse propósito, v. ainda Aurélio Porto, loc. cit.
Graças ainda à documentação paulista que analisei, e que se consubstancia no inventário de Sebastião