Só então, estes se desviaram da sua vida de apresadores de índios, para se entregarem à mineração dos filões, que haviam descoberto, mas, mesmo assim, o bandeirismo continuou remansoso, em agonia, até cerca de duas ou três décadas depois do início do novo século.
Mais tarde, com a volta de muitos dos mineradores, em razão do enfraquecimento das lavras de além, foi iniciada, em fins do século XVIII e no princípio do XIX, a lavoura de café no planalto paulista, que é, sem dúvida, o maior repositório de esforço agrícola realizado na face do planeta. Esse fenômeno esplendoroso, testemunhador da imensa eficiência de um agregado humano, perdurou por mais de século e meio, e se manifesta, ainda hoje, na extraordinária situação de São Paulo (Ellis, A Evolução da Economia Paulista e suas Causas; Cia. Editora Nacional, série Brasiliana) bem como na criação do maior parque industrial da América do Sul. Essa tem sido a evolução histórica do grupo humano planaltino, sempre a demonstrar, em sucessivos capítulos, uma energia descomunal, um espírito de arrojo inimaginável, uma coragem estupenda, um ânimo alevantado e extraordinário, capaz de um esforço físico notável, e uma eficiência magnífica, que se revela a cada iniciativa em que se engolfa.
Têm realizado os demais grupos humanos, idêntica evolução histórica, demonstradora de tão alto potencial?
Se não têm, por quê?(2) Nota do Autor