E a propósito, é significativo o trecho seguinte de uma carta de Alberto Torres a Pedro Lessa, datada de Fevereiro de 1915, quando se pensou na revisão constitucional.
Dizia o Mestre:
"O nosso país, que nunca se consolidou em nação e em sociedade, é presa de uma das mais escandalosas anarquias de que há exemplo; e, para o simples critério jurídico, nada mais fácil do que demonstrar que muitas das causas dessa anarquia resultam, não de se não praticar a Constituição, mas da índole e do espírito das suas instituições, visivelmente repugnantes ao nosso temperamento político. Nessa série de desordens a que se chama, entre nós, política — exibição flagrante e superlativa da verdade de que a vida institucional dos povos contemporâneos é ainda a mesma forma de exploração dos postos de direção pública, como butins da luta social — os conflitos que se reproduzem anualmente demonstram a insuficiência da lei de 24 de fevereiro. Mas isto é apenas a prova feita pelos levedos da espuma, agitada na superfície política, pela