Ninguém acreditava nas suas predições. Até que os acontecimentos, confirmando o que ele predissera, o impuseram à admiração das gerações novas, que iniciaram, finalmente, agora, para a admiração pública, a ressurreição da sua obra e do seu nome. Morto há 16 anos, Alberto Torres está hoje mais vivo do que na véspera da sua morte. As verdades que ele disse levantam-se, agora, do seu túmulo. Como o cajado de Elias, a pedra de uma sepultura realiza o milagre que não fez, sobre a terra, o homem que sob ela dorme.
Este grande homem morto é, na verdade, nesta hora, o melhor general para os vivos."
Sente-se, de fato, que a obra do pensador fluminense vai viver com o sopro animador dos homens vindouros. É que a cultura sadia do seu espírito procurou criar a consciência política da nacionalidade.
Saboia Lima