O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

poderosas instituições financeiras, à caça de fortunas rápidas, em empresas coloniais.

Nas sociedades novas, sem costumes e sem organização econômica favoráveis à distribuição das riquezas, dá-se, em elevada potência, um fenômeno idêntico ao das sociedades feudais, baseadas na suserania e na vassalagem, por um lado, e na servidão do trabalho, por outro: os elementos parasitas, protegidos pela força — que, em nossos tempos, está principalmente no capital — associam-se, todos, contra os produtores. Se a força do capital — que não é um produtor de riqueza, senão um simples motor da exploração e da circulação — está no estrangeiro, a associação dos interesses nacionais ativos e dominantes pende para o elemento mais forte, contra o elemento explorado; e a produção nacional é sempre vencida, ainda que, quase sempre, num lento sacrifício mudo e inconsciente.

Imitando as tendências das sociedades europeias, e cedendo à atração dos prazeres e vaidades que seduzem a gente das camadas superiores do mundo moderno, os americanos do norte, em primeiro lugar e em plano destacado, e os do sul, em seguida, vão desvirtuando o caráter da sua civilização e dissipando os patrimônios nacionais. Daí o desenvolvimento dos inúmeros processos

O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional - Página 216 - Thumb Visualização
Formato
Texto