O problema nacional brasileiro: introdução a um programa de organização nacional

primeiros ideais da minha vida e a ambição de cooperar praticamente por sua realização, através de ciências e de sistemas, mas, principalmente, através das realidades e dos fatos, à proporção que as interrogações se iam formulando em meu espírito. Esclarecendo a inteligência, e resolvendo as dúvidas, eu ia chegando, assim, a formar juízo meu e a educar o critério, para solver com os dados correntes da vida os problemas da prática.

Foi um preparo essencialmente humanista, o que me dispus a realizar, mas humanista num dos sentidos contemporâneos da palavra, como expressão de uma filosofia da vida e dos fatos, capaz de abrir e de iluminar os olhos, a toda a luz da claridade, para os horizontes do futuro.

Formar consciência não significava, para mim, encher a memória com alguns milhares dos milhões de conceitos e verdades em circulação nas ciências, nas letras e na política; não significava, também, atar o discernimento ao poste de um sistema; mas, ao em vez de atopetar o espírito com fórmulas e normas, dilatá-lo e abri-lo, largamente, à franca iluminação da percepção, da análise e da síntese.

A inteligência contemporânea atravessa a crise de mais anarquia a que jamais chegou o espírito

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