D. Pedro I e D.Pedro II – acréscimo às suas biografias

D. PEDRO II RESPONDE A UM PANFLETÁRIO (1880)

A liberdade de imprensa foi amplamente mantida durante todo o Império, a ponto de, por seus excessos, ser muitas vezes confundida com a própria licença ou abusiva utilização. Muitos foram os extremados foliculários que em pasquins de pequena circulação, mas de grande virulência, excederam-se nos ataques pessoais aos seus adversários.

De nada valia, contra eles, nossa primeira lei de imprensa, de 1823, visto que os acusados tinham como jurados, para julgá-los, seus próprios colegas, e estes, fiéis à máxima de que "'lobo não come lobo", sempre os isentavam de culpa, certos de que posteriormente poderia acontecer-lhes o mesmo...

Reagiram diferentemente, diante dessa liberdade, os dois Imperadores que tivemos.

D. Pedro I, desde Príncipe-Regente, compreendeu a importância política da imprensa, e, pessoalmente, por intermédio de seu devotado Secretário e Oficial do Gabinete, Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, ou de outros plumitivos, mais ou menos subsidiados, passou a ativamente usá-la, conforme demonstramos em muitos artigos e folhetins nos últimos anos publicados no Jornal do Comércio, depois reunidos no livro D. Pedro I Jornalista.

De D. Pedro II, embora se conheça sua discreta colaboração no Jornal do Comércio, em defesa do poema épico "A Confederação dos Tamoios", de Domingos José Gonçalves de Magalhães, depois Barão e Visconde de Araguaia, contra a severa crítica com que o combatera José de Alencar(1) Nota do Autor, — não se

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