História da queda do Império 2º v.

a seu lado, e por ele sacrificariam a vida se preciso fosse". Respondeu-lhes Benjamim, em tom de exaltação patriótica, oferecendo-se para morrer na praça pública, com o Exército, "em defesa de suas prerrogativas e da salvação da Pátria".

Semelhantes manifestações promovidas coletivamente por oficiais arregimentados e alunos de Escolas Militares, de solidariedade com um oficial rebelde e audacioso, que se permitira, numa cerimônia oficial e na presença não somente do Ministro da Guerra como ainda de oficiais de Marinha estrangeiros, achincalhar e desmoralizar o Governo merecia, se este quisesse se impor ainda à opinião pública, um severo corretivo. Mas, não somente Benjamim nada sofreu, como tão-pouco os alunos militares (além de uma vaga censura) que haviam classificado o Império de banca de jogo e o Monarca de espectro de Rei. Nem os alunos nem os diretores das duas Escolas, o Marechal Miranda Reis, da Escola de Guerra, e o General Clarindo de Queirós, da Escola Militar; como ficaram igualmente impunes os comandantes dos três regimentos cujos oficiais haviam ido incorporados emprestar solidariedade à insólita e provocante atitude do Tenente-Coronel Benjamim Constant.

Tudo o que fez o Governo foi mandar o Brigadeiro Antônio José do Amaral, comandante da 2ª Brigada (a que pertenciam os três regimentos), pedir aos respectivos comandantes que informassem por escrito se era ou não verdade o "fato irregular" da manifestação que os seus comandados haviam feito a Benjamim Constant; e diante da resposta afirmativa(420) Nota do Autor, censurar em Ordem

História da queda do Império 2º v. - Página 22 - Thumb Visualização
Formato
Texto