A abertura de canais, ligando mares ou oceanos, ainda responde aos imperativos dessa tendência — Panamá, Suez, Kiel.
Dentre eles sobressai o canal de Panamá, espécie de resumo, de síntese dos múltiplos acessos a dois oceanos diferentes de que dispõem os Estados Unidos, com a posse de suas vastíssimas costas, no Atlântico e no Pacífico, fartamente articuladas com esses oceanos e ricamente servidas por vias transcontinentais.
Ao passo que o canal do Suez é, essencialmente, um empreendimento financeiro, comercial, um negócio, de remuneração prevista, e o canal de Kiel representa a solução de problemas locais, ligados a circunstâncias particulares da hidrografia da costa alemã, o canal de Panamá responde exclusivamente a necessidades políticos, para as quais não basta a intercomunicação terrestre, intensiva, entre o Atlântico e o Pacífico, através do território Norte Americano.
Sem embargo, o fundamento de todos é a multiplicação das saídas para o mar, no caso, para mares diferentes.
No quadro desses exemplos, não é difícil a estimativa das consequências, mediatas e imediatas, do antagonismo entre o Atlântico e o Pacífico,