Ainda hoje, indo à missa, orei pelo amigo, pelo padre Leonel, em sinal, quanto a este, da gratidão que lhe devo pelo seu livro."
Meticuloso, faz uma consulta que bem revela a delicadeza de seus sentimentos: "Das dificuldades materias com que vivo, uma das causas reside no esforço que tive de fazer para adquirir de meus irmãos as partes que possuíam na casa de Petropólis que meu pai comprara há quase 50 anos. Que quer? Não me pude resignar a deixar em mãos estranhas e indiferentes o prédio em que se passou longo período de nossa vida familiar, onde ele adoeceu da moléstia a que se sucumbiu no Rio, onde minha mãe e uma irmã querida faleceram. E, essa, seria a única solução, pois meus irmãos vivem na Europa, e eu, só, estou no Brasil.
Tive de fazer uns reparos. Na entrada do terraço, no revestimento de azulejos, pus uma cruz. No meu intuito, seria uma profissão de fé e o assegurar de acolhida cristã a quem viesse procurar nosso home. Ainda encerraria, no meu desejo, um duplo símbolo, por se achar em nível baixo do soco: afirmaria que sobre a cruz repousavam a construção material e a constituição