desses dois elementos, diante das leis da hibridação científica e através de análises mais ou menos demoradas dos vários troncos formadores da nossa estirpe paulista.
Não posso deixar de concluir que as causas do nosso imenso e descomunal desnível com as gentes brasileiras são as que vou analisar, uma por uma. Não posso deixar de estabelecer as bases causadoras da formidável superioridade do paulista, que até hoje tem sabido sustentar o peso da economia nacional brasileira.
Sei que, lá fora, irei ser acoimado de regionalista e de construtor do edifício de um imperialismo intramuros, perigoso para a solidez da nacionalidade brasileira, ou de sonhador de um pan-paulistanismo, que vem mesmo a talhe de foice, no momento em que o nosso idolatrado São Paulo sangra com as artérias abertas por golpes rijamente vibrados contra ele pelos brasileiros.
Seja tudo isso. Quero, porém, que me seja reconhecida uma virtude ao menos - a coragem de afirmar. A mim não importa o que, fora de São Paulo, as minhas palavras possam evocar. Vou, apenas, diante da História explicar os eventos e, munido dos ensinamentos das ciências físico-naturais, interpretar causas e consequências da nossa História paulista.
Assim, dividi o meu trabalho em capítulos diversos que se estendem, talvez analiticamente em demasia, mas em que são passadas em estudo as diversas faces do problema:
- Introdução - pela qual procuro reproduzir os ensinamentos de ordem geral, sobre a antropologia.