Santa Catarina: história - evolução

mas também uma fidalguia de maneiras, um gosto artístico acentuado, revelado na música, no canto, na dança, e um aprimoramento nos costumes e nos hábitos, que encantaram os forasteiros. Paulo José Miguel de Brito em sua Memoria Politica sobre a Capitania de Santa Catharina, conta que assistiu, em 1797, a uma festa oferecida no Palácio do Governo pelo Governador Miranda Ribeiro ao Almirante Antonio Januario do Valle. "Vi uma brilhante companhia de senhoras e de homens", diz ele, "das famílias mais distintas do país, e uma numerosa orquestra em que havia e se tocarão todos os instrumentos de sopro e de cordas, com harmonia e bom gosto. Cantarão várias senhoras e dançarão minuetes, contradanças e valsas, tudo segundo os usos da Europa. Fiquei admirado de encontrar tudo isto em uma terra tão pequena do Brasil. Decorreram muitos anos durante os quais viajei por diferentes terras, e por todos os principais portos de mar do Brasil, e à exceção do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, em nenhuma das terras em que estive, observei nas senhoras a polidez, urbanidade e boas maneiras que tinha encontrado nas de Santa Catarina, qualidades estas que depois melhor conheci durante os anos que ali residi".(189) Nota do Autor Ao se chegar ao fim do período colonial, mais acentuadas se achavam estas qualidades que tão bem recomendavam a sociedade catarinense. É natural que se formasse, ao lado destes sentimentos, com a existência de uma sociedade mais culta e instruída, aquele que animava toda a população do país, relativo ao domínio

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