a meteorologia elementar, como ciência pura e aplicada, dividindo a matéria de maneira nova, para a tornar mais atraente, sugestiva, e menos desacorde com as exigências de sua exploração pelos Institutos oficiais. Por isso mesmo, a um tempo, pensamos havê-la amenizado aos cientistas em geral: os assuntos de meteorologia aplicada, que a muitos destes interessam, estão ordenadamente capitulados e não dispersos. Não é o arranjo habitual das boas obras; é o melhor arranjo, ao que pensamos, para uma obra especial de orientação.
O livro é, todo ele, elementar, porque versa as origens e as fundações. É onde se encontra a meteorologia brasileira. O que nos cabe, não é o trabalho de estucador fino para construção já lançada, e sim, o esforço humilde de pedreiro, para os alicerces seguros de estrutura por erguer-se.
Muito falamos nos Institutos Meteorológicos, e até num projeto detalhado de sua reorganização. Muito dissemos de sua exploração. A referência ao meteorologista oficial é constante, quiçá monótona para o leitor mais profano. Tivemos na família um velho servo francês, a quem nada se lhe podia ordenar — de construção ou conserto — que ele não cumprisse, começando pela fabricação das ferramentas indispensáveis; alegava sempre inservíveis as ferramentas usuais. É o nosso caso, porém, com muito melhores razões. Resolver problemas de meteorologia brasileira, importa, como providência preliminar, imprescindível, na preparação dos instrumentos especiais — a organização meteorológica e o meteorologista. Outros dirão, se incidimos em vão na tirania do velho criado, reclamando novas ferramentas para o cometimento que nos ordenam os foros de povo civilizado. Certo ou errado, daí, a nossa insistência nesses aspectos fundamentais.
As citações profusas, quase imbricadas em certos trechos do texto, enfadam e molestam, mas se impõem num empreendimento como o nosso. Aos que neles quiserem ver uma simples exibição de cultura — ai de nós — daremos