História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

pasta da agricultura, pela passagem, para a da fazenda, de Calógeras, nomeou José Bezerra ministro de Estado. Desagravava-o.

Dizem que Pinheiro sorriu e declarou, com espírito: "Pois está muito bem: O Senado usou de sua prerrogativa escolhendo Rosa e Silva, e o presidente da República usou da sua, nomeando José Bezerra seu ministro da agricultura. É o jogo regular dos poderes constitucionais!"(265) Nota do Autor

O ocaso do chefe

Efetivamente, a sua estreia desmaiava. Não rompe com o governo: procura conservar a exterioridade de sua magistratura de "censor" do regímen e diretor moral da política. Seguramente adiava o revide para a sua oportunidade: ressurgiria maior, no transe da sucessão vindoura. É - em 1915 - um condottiere em suposto licenciamento, observando com o olho vigilante as correntes políticas. O gigante está presente. Ignora-se o que imagina essa poderosa cabeça varonil tão duramente plantada sobre uns fortes ombros de cavaleiro "guasca". Wencesláo faz a útil política das acomodações, que começa bem - aplaudida por um telegrama de Ruy Barbosa - com a garantia que dá ao habeas corpus do Supremo Tribunal em favor de Nilo Peçanha, candidato ao governo fluminense, contra o das simpatias de Pinheiro. No caso difícil de Mato Grosso age ainda mais discretamente, bafejando

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