O rio da unidade nacional: o São Francisco

e de Fortaleza, os objetos de chifre e de tartaruga, as cestas de Alagoinhas, onde há qualquer cousa de africano, até ao inacreditável mercado de Belém do Pará, onde tudo é novo e o velho é acrescentado de qualquer cousa, que constitui o selo do Amazonas.

Mas se as artes populares estão assim desenvolvidas no litoral (Ceará chegou a exportar mil contos de réis de chapéus de fibra), não são menos objeto de trabalho constante no interior. Percorri, há alguns anos atrás, todo o sertão nordestino, desde Salvador até Fortaleza, ora de trem, ora de barco, ora de automóvel, e tive ocasião de visitar as principais feiras da região, nas quais se estadeia a infinita riqueza de recursos naturais para a arte regional.

É preciso salientar, desde logo, a importância do trabalho das mulheres neste assunto. A cerâmica do Nordeste é obra delas, e se soubermos como rende pouco a sua confecção teremos sérias razões para adorar essa gente humilde da roça. Os potes são cozidos ao ar livre, em redor de pequenas fogueiras. Só isso basta para explicar que de cada dúzia

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