Quem estuda os Alpes, por exemplo, deve começar pela determinação das condições pré-históricas da vida humana sobre suas vertentes milenárias. É importante verificar pelos fósseis desenterrados, pelas investigações geológicas e paleontológicas, como viviam da caça e de um bárbaro pastoreio os primeiros homens da montanha europeia. Depois é que vieram cultivar a planície. Entre nós, porém, é preciso considerar a desvalia da observação pré-histórica: os primitivos habitantes da montanha não tinham à mão animais domésticos de porte apreciável, que lhes proporcionassem ocasião de pastorear. O maior era a lhama, que ficou restrita aos Andes. Pouco importa que os caçadores de renas, de ursos, veados e marmotas fossem os primeiros alpinos. A montanha brasileira, servindo de abrigo aos índios, era, porém, pobre de animais e não conseguiu despertar neles os instintos tradicionais, nem os tipos de vida, que caracterizam a montanha de outros continentes.
Assim, a função da montanha só começa a interessar quando o europeu transporta