paulista de têmpera, Bonifácio José de Andrada abriu fazenda, plantou café e cereais, fabricou aguardente e farinha e exportou os produtos da terra. Em 1765 foi considerado possuidor da segunda fortuna da capitania.
Desempenhando diversos cargos públicos, Capitão de Infantaria em 1766 e Coronel do Estado Maior do Regimento dos Dragões Auxiliares em 1777, era "ágil, desembaraçado, inteligente e culto" na frase do Capitão-General Marfim Lopes Lopo de Saldanha. Incorporador da Companhia de Comércio e fomento das relações diretas de Santos para Lisboa, Porto e Ilhas, em 1767, já desde vinte anos antes, fora Fiscal da Intendência das Minas de Paranapanema e Almoxarife da Fazenda Real de Santos, Escrivão da Junta da Real Fazenda da Cidade de São Paulo, Contratador da Passagem do Cubatão e do rio Mogi do Pilar, por um triênio, e dos Subsídios. Faleceu em 1789.
Sobreviveu-lhe sua dedicada e bondosa esposa por mais 33 anos. D. Maria Bárbara faleceu aos 28 de agosto de 1821, com 83 anos, depois de vislumbrar a extraordinária e vitoriosa carreira dos seus filhos. Está sepultada na Igreja do Carmo de sua terra natal.
Este casal feliz e notável, teve os nove seguintes e notáveis descendentes:
1° - Patrício Manuel Bueno de Andrada, nascido em 24 de março de 1760, que seguiu a carreira sacerdotal, ordenando-se a 1° de maio de 1783. Seis anos depois era Vigário da Paróquia de Paranapanema, importante por suas minas e que compreendia Guapiara, rio das Almas, Faxina e Apiaí, sertão paulista povoado de índios, que ele evangelicamente ia catequizando. Em 1801 voltou para Santos, tendo sido, por tempos, pároco da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém.