O Conde d'Eu

A todos offereço a minha bôa vontade em qualquer ponto a que o destino me leve.

Com a mais profunda saudade e intenso pezar afasto-me deste país, no qual vivi, no lar domestico ou nos trabalhos publicos, tantos dias felizes e momentos de immorredoura lembrança.

Nestes sentimentos acompanham-me minha mui amada esposa e nossos ternos filhinhos, que debulhados em lagrimas comnosco emprehendem hoje a viagem do exílio.

Praza a Deus que, mesmo de longe, ainda me seja dado ser em alguma cousa util aos Brasileiros e ao Brasil.

(...)

Bordo da canhoneira "Parnahyba", no ancoradouro da Ilha Grande. - 17 de novembro de 1889. - GASTÃO D'ORLEANS.

Assim é que o conde d'Eu se retirou do Brasil. Tais foram suas despedidas. A serenidade de sua conduta tem o direito de emprestar, a este período, de suprema grandeza que comove, o signo uma sinceridade impressionadora.

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