predomínio industrial do ferro e, consequentemente, das outras indústrias suas correlatas.
Este predomínio supremo na época em que o combustível mineral reinava e a energia motriz, única utilizável economicamente, provinha do carvão fóssil é relativo agora, quando a eletricidade desempenha um papel formidável no desenvolvimento industrial do mundo.
Se, mesmo com o auxílio da eletricidade, não tiver o Brasil combustível para empreender em linhas modernas uma grande indústria siderúrgica, o que temos e devemos fazer é importá-lo, seguindo o exemplo dos países ricos de minérios e pobres de combustível mineral. Importemos o combustível que precisamos e ergamos no país a siderurgia, ou a grande metalurgia, mesmo subvencionando-as, protegendo-as, intensificando-as técnica, econômica e eficientemente.
Há mais de um século que o governo do Brasil tem a preocupação, ou finge tê-la, de estudar o problema do carvão nacional e ainda não o resolveu em benefício da nacionalidade.
Todo o nosso atraso geral, consequência do nosso atraso industrial, explica-se, em parte, pela ausência de hulha economicamente explorável, facilmente transportável para as proximidades dos minérios de ferro em nosso território e pelas razões de nossa própria evolução política, social e cultural.
Houvesse ambiente propício, fator principal que sempre nos faltou, houvesse bom carvão de pedra próximo ou economicamente transportável para as regiões de minérios como existe na Alemanha, na Grã-Bretanha, na Bélgica, nos Estados Unidos da América, e já teríamos no Brasil, se os fatores políticos também não nos tivessem prejudicado, uma indústria metalúrgica próspera e possante.
Que não são apenas os elementos minérios e combustíveis os motivos da industrialização de um país o sabemos,