dos resultados com uma informação sobre a história, os métodos de trabalho, o esquema conceituai básico e os objetivos do estudo no Rio de Janeiro... Na Parte Segunda - "A Situação Racial" - estudamos os aspectos demográficos e ecológicos das relações de raças, bem como fazemos a análise do problema fundamental das relações entre raça e classe na comunidade em questão. Segue-se, ainda na Parte Segunda, uma apresentação e interpretação dos dados sobre a situação educacional das massas de cor e sobre as atitudes e estereótipos raciais que foram identificados nos inquéritos parciais procedidos. Na Parte Terceira - "Movimentos Sociais" - que é a final, estudam-se os problemas da vida associativa e liderança, tentando-se, em seguida, interpretar o estado atual das tensões raciais no Rio de Janeiro, com o que o trabalho se conclui.
Esta apresentação, que foi imposta pelo desdobramento natural dos trabalhos da pesquisa, termina-se, assim, pela indicação de perspectivas que devem vir a ser exploradas por outros estudos de aprofundamento, que desenvolvem o esforço aqui apenas iniciado - e que consiste, em última análise, na preocupação de fazer com seriedade, espírito científico, e técnica moderna o estudo sociológico das relações de raças no Rio de Janeiro.
Tivemos, em todo o desenvolvimento da exposição, a preocupação de evitar que o nosso trabalho se resumisse a um mero catálogo de dados e informações sobre a ocorrência do preconceito racial entre nós. Cremos que escopo adotado confere à iniciativa do UNESCO no Brasil a envergadura e a substância científica que, a nosso juízo, merece ter. Tivemos também, por outro lado, a preocupação de, sem subalternizar a apresentação de um problema tão relevante, fazê-la de modo que não se restringisse apenas ao círculo restrito dos especialistas e pudesse, sem dificuldade, ser lida e compreendida por todos quantos