CAPÍTULO I

Através do vale do Itapecuru

(Impressões de uma viagem de reconhecimento)

SUMÁRIO. - O vale do Itapecuru: aspectos físicos. Traços da vida humana no vale do Itapecuru. Aspectos gerais da economia regional. Caxias, capital do médio Itapecuru. Em Coroatá, pleno domínio dos babaçuais. Rosário, no baixo Itapecuru. Terras de exploração.

O vale do Itapecuru: aspectos físicos. - O rio Itapecuru tem suas cabeceiras na chamada Serra do Itapecuru, chapada de terrenos cretáceos situada em pleno centro do Maranhão, de onde se põe a caminhar no rumo geral de NNE, até receber, pela margem esquerda, o seu mais importante afluente - o rio das Alpercatas.

Inicia-se, então, o longo trecho que vai constituir o curso médio do rio, a partir de Colinas (antiga Picos), e, com ele, a sua porção navegável. Seu rumo passa a ser francamente de NE. Entretanto, pouco antes de atingir a cidade de Caxias, descreve o Itapecuru um bem caracterizado "cotovelo" (provavelmente testemunho de uma captura), ao esbarrar o mal definido divisor entre sua bacia e a do Parnaíba, de que se acha afastado apenas 50 km. Toma, então, o rumo de NO, até pouco além de Coroatá, de onde prossegue no rumo geral do norte, penetrando na baixada costeira e alcançando, após 1.450 km. de percurso, as águas da baía de São José, nesse trecho conhecida pelo nome de Guaxenduba. A