longe, longe que fosse! A cintilação única que enxergo é a que irradia das ideias eternas de justiça e do bem em si e que ilumina o caminho único, por onde se pode chegar a Deus".
Conforme anunciava nessa carta, Torres Homem partiu para a Europa, em busca de melhoras, deixando de cumprir o regimento do Senado, que determinava que o senador devia obter licença prévia para viajar para o exterior. O Visconde de Inhomirim se limitara a fazer a comunicação de que estaria ausente até o fim da sessão legislativa. Sem a concessão da licença, não teria ele direito aos subsídios. Contudo, depois de algumas discussões, foi aprovada a licença, a 9 de junho do mesmo ano. Em 1874, estava de volta, pouco tendo lucrado com a viagem. Depois de participar dos trabalhos legislativos desse e do ano seguinte, sem poder, contudo, ocupar a tribuna, em razão do agravamento dos seus males, decidiu voltar à França, para consultar especialistas. Não voltaria com vida. Uma síncope cardíaca o fulminou, no dia 3 de junho de 1876, no seu quarto de hotel, em Paris, quando, de pena na mão, sentado à mesa, intentava escrever. Tempos depois seus restos mortais foram removidos para o Rio de Janeiro e receberam sepultura definitiva no cemitério de São João Batista. No seu túmulo há apenas esta inscrição: F. de Sales Torres Homem (Visconde de Inhomirim).