História do Brasil T5 - A República, 1956

era solicitado a manter-se firme, podendo contar com o desvio dos acontecimentos por uma atitude decidida, talvez a contrarrevolução... Publicando em 16 de novembro as novidades telegráficas, informou o Diario da Bahia: "O sr. marechal Hermes da Fonseca, comandante das armas, não adere ao movimento da corte, o que comunicou às guarnições do norte das províncias e à corte". Ali estava - se faltasse a D. Pedro II outro condestável - um homem para a ocasião. Ainda a 17, em resposta ao apelo de Deodoro, asseverou Almeida Couto: "Como presidente da província e no nome do povo baiano, reunido espontaneamente e em massa em Palácio... declaro respeitar e manter a Constituição e as leis do Império". O "impasse" foi quebrado pelo coronel Frederico Cristiano Buys, comandante do 16.° de infantaria, cujos sentimentos antimonárquicos o induziram a uma correspondência assídua com a direção local do partido republicano (Deocleciano Ramos, Virgilio Climaco Damasio). Telegrafou ao governo provisório; e recebendo a confirmação, de estar "fortemente constituído", às seis da tarde de 16 de novembro, com a presença de muitos civis, proclamou a república. Mas somente na manhã seguinte - ciente da "partida da família imperial para a Europa, ficando assim extinta a dinastia imperante", o general comandante das armas se dispôs a aderir. O documento conciso que assinou foi logo transmitido à tropa, e, à uma da tarde, em frente ao forte de São Pedro, Virgilio Damasio, cercado de oficiais, de estudantes, de correligionários, proferiu os três gritos, que rematavam a crise: Viva a república brasileira; viva os Estados Unidos do Brasil; viva o Estado da Bahia.(1) Nota do Autor A banda de música atacou "A Marselhesa..." Virgilio Damasio tomou posse do governo perante

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