História da formação da sociedade brasileira. D. João VI e o início da classe dirigente do Brasil; depoimento de um pintor austríaco no Rio de Janeiro

TOMAS ENDER E O BRASIL NO REINADO DE D. JOÃO VI

Depoimento de pintor a completar narrativas de outros viajantes, sobre o novo reino que despontava.

Entre os numerosos artistas que nos visitaram em começos do século 19, dos mais interessantes pelo gênero e vulto da obra, foi sem dúvida Tomas Ender. Nascido na Áustria em 1793, no começo da Grande Revolução, filho de pais pequeno-burgueses, sentiu irresistível pendor pela música e pintura, semelhante ao do pontífice acadêmico da época, Dominique Ingres. Muito jovem estudava desenho contra a vontade dos pais e à noite tocava violino numa taberna da Goldschiedgasse para ganhar o Kreuzer necessário à sua subsistência até a hora do sucesso. Aplicado e extremamente trabalhador a despeito de débil saúde, agradou aos poderosos do momento, que lhe facultaram, aos 24 anos de idade, ambicionada viagem ao Novo Mundo, por ocasião das bodas da arquiduquesa Leopoldina com o infante D. Pedro.(1) Nota do Autor

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