Anchieta

como se faz dinâmica social para os Estados Unidos, através do puritanismo colonizador.

Irmanadas pela tradição, refulgem no mesmo santuário as imagens apostólicas da selva. Fraternalmente repassam... Joseph de Anchieta e Manuel da Nóbrega, tantos outros nomes e lumes da Companhia de Jesus, perfis aureolados, clareiam o ápice da vida colonial. Quanto mais se humilhava neles o pó, mais a fé os engrandecia para o Brasil. Na consagração do heroísmo e da humildade, atributos desses irmãos, renasce ainda, por vezes, a flama espiritual dos nossos dias.

Baixando às plagas tropicais, onde se perpetuavam os sacrifícios humanos, a alma evangélica fundou a urbs latino-americana para maior glória de Deus, ad majorem Dei gloriam, interpretada a legenda cósmica da Ordem num alto e puro sentido. Ensinou a lei, transmitiu a luz. Deu alicerces morais à família inculta, à sociedade informe.

Os primeiros jesuítas foram acolhidos na Bahia "à maneira de anjos vindos do céu", e o mesmo prestígio celeste envolveu, depois disso, os que vieram nas expedições de 1550 e 1553. É que eles traziam consigo as palavras candentes da fé, os dons luminosos do saber e da arte. Com eles aprenderam os filhos da terra a lavrar o solo, fundir os metais, erguer colunas e altares, possuir letras e números; deles receberam a água do batismo e o fogo do espírito nos santuários, nas escolas, nas oficinas.

A transcendente ficção dos emissários ideados pelo misticismo nórdico, semeadores e arquitetos, anjos e mestres, foi com Anchieta e os seus irmãos uma realidade social para as origens brasileiras no século XVI — epílogo do nosso mundo selvagem, prelúdio da nossa vida cristã.

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